quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jornalões reclamam da publicidade no governo Lula, porque tiveram que dividir o latifúndio das verbas




Nós temos sérias restrições a gastos com publicidade governamental no PIG (Partido da Imprensa Golpista), que devem ser feitas com muito critério. Não por retaliação, mas por responsabilidade social, uma vez que a própria presidenta da ANJ (Associação Nacional dos [donos] de Jornais), D. Judith Brito, confessou que "a imprensa" atua como partido de oposição, coligado aos demo-tucanos.



Porém, não dá para empresas que disputam mercado, como o Banco do Brasil, a CEF, a Petrobras através da rede de postos, deixar de fazer publicidade, senão é praticamente privatizar o mercado consumidor, deixando-o só para os concorrentes privados.



Também não dá para deixar de comunicar ao público programas como remédios gratuítos na farmácia popular do Brasil, nem deixar de divulgar o ProUni quando era pouco conhecido, porque, se depender só do noticiário, quase ninguém fica sabendo.



A imprensa demo-tucana bradou em manchetes oposicionistas, que "Lula" teria gasto mais em publicidade do que FHC (as manchetes foram assim mesmo, como se a pessoa do presidente é quem tivesse gasto).



Usou números brutos para isso, sem analisar a proporcionalidade, uma vez que o PIB brasileiro, em 2010, foi de R$ 3,675 trilhões. Em 2002 era de R$ 2,549 trilhões (corrigido pelo IGPM-FGV). É natural que em uma economia maior, estes gastos também sejam maiores. Os próprios custos dos comerciais nas TVs aumentaram significativamente em uma economia próspera, que cresce.





Os jornalões também omitiram que estatais que competem no mercado, como Banco do Brasil, a CEF e a Petrobras representam o maior valor gasto com propaganda.



Ora, o governo FHC tinha quebrado o Brasil três vezes até 2002, e sob o tacão do FMI, atuou para tornar o Banco do Brasil e a CEF bancos de "segunda linha" ou vendê-los (veja memorando ao FMI de 1999 aqui), por isso não eram agressivos em publicidade para competir com os grandes bancos privados, e gastavam menos em publicidade das estatais.



No governo Lula, o Banco do Brasil e a CEF cresceram, são responsáveis pela maior parte do financiamento de moradias populares, pelo crédito nacional, pela inclusão bancária das pessoas que saem da pobreza, abre agências em comunidades carentes, foram grandes responsáveis por manter a oferta de crédito durante a crise internacional, garantindo que ficasse na "marolinha". É natural que seus gastos em propaganda sejam maiores para conquistarem mais clientes.



Da mesma forma, ocorre com a Petrobras. O governo demo-tucano de FHC a estava privatizando em fatias, e não investia em publicidade o necessário para os postos BR conquistarem fatias de mercado maiores.



Jornalões reclamam porque tem que dividir verbas



A bronca dos jornalões tem motivo, explicável através de uma nota no blog do Planalto: "Desde o início do governo Lula, houve preocupação crescente com a efetividade do acesso da população à informação sobre as políticas públicas. Isso levou ao substancial aumento do investimento na comunicação regional do governo federal, ampliando a cobertura das ações de publicidade de 499 veículos em 182 municípios, em 2003, para mais de 5 mil veículos programados em 2.733 municípios, em 2010".



Ou seja, no governo FHC a verba ia toda para os jornalões do PIG amigos dos demo-tucanos. Depois de Lula, o "latifúndio" da verbas teve que ser dividido com mais de 5.000 veículos.

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