Mandado de prisão teria sido cumprido na residência do casal Guerner
Naira Trindade
Diego Amorim
Antonio Temóteo
Publicação: 20/04/2011 12:06 Atualização: 20/04/2011 15:28
A promotora Deborah Guerner e o marido Jorge Guerner foram presos pela Polícia Federal nesta manhã de quarta-feira (20/04). A Superintendência da Polícia Federal informou, por meio da assessoria de imprensa, que o casal foi preso em casa. No momento, eles estão no prédio da Superintendência, no Setor Policial Sul. A promotora tem direito a cela especial e deve ficar no local. Já o marido dela, o empresário Jorge Guerner, deve ser encaminhado à Penitenciária do Distrito Federal, a Papuda.
O mandado de prisão preventivo deles foi expedido ontem pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região. Deborah Guerner estava em Milão, mas não poderia ter deixado o país sem autorização. A primeira informação que o Correio teve acesso era de que o casal havia sido preso pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Brasília. A prisão teria sido efetuada por volta das 10h. Mas a Superintendência nega a prisão no aeroporto.
Guerner e o ex-procurador de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, são suspeitos de tráfico de influência pela Operação Caixa de Pandora. Eles teriam passados informações privilegiadas a integrantes do governo do Distrito Federal.
A promotora poderia voltar ao trabalho no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no último dia 10, mas ela apresentou atestado médico, alegando não ter condições de voltar a exercer a função. "Estou doente. Não posso trabalhar mais", disse em entrevista ao Correio na época. Guerner em momento algum disse de qual patologia sofre.
A promotora também comentou em entrevista ao Correio no início deste mês que o julgamento no qual teve um ataque de nervos teria piorado seu estado de saúde. "Isso me afetou muito. Ao invés de melhorar, fiquei pior. Não tenho a menor condição de voltar ao trabalho. É como uma pessoa estar com câncer e ficarem fazendo tudo o que estão fazendo comigo. Claro que piora", completou, acrescentando ser vítima de injustiça e perseguição.
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