A base governista teve a primeira grande derrota na Câmara Legislativa. Nesta terça-feira (17), a deputada Eliana Pedrosa (DEM) e o deputado Olair Francisco (PTdoB) foram eleitos presidente e vice-presidente da CPI do Pró-DF, respectivamente. A dupla venceu os dois candidatos de preferência do governo: os distritais Chico Leite (PT) e Israel Batista (PDT).
Com o resultado inesperado, cresce a chance do distrital Aylton Gomes (PR) assumir a relatoria da comissão. Por causa disso, já há rumores de que os deputados derrotados deixem de compor a CPI nos próximos dias. Se isso ocorrer, a presidente eleita já avisa que, com três votos, conseguirá tocar as investigações, mesmo sem a presença de parlamentares governistas.
A primeira reunião ordinária da CPI será realizada já na próxima quinta-feira (19), quando será nomeado o relator. Para Eliana, o importante é dar uma resposta à altura do que a sociedade espera. “Vamos usar todos os mecanismos para investigar essas possíveis irregularidades. Esse é o papel da Câmara Legislativa”, afirmou.
A CPI foi proposta pelo deputado petista Chico Leite. Todos os parlamentares apoiaram a iniciativa, assinando o requerimento protocolado na Mesa Diretora. Mesmo assim, dois membros ficaram insatisfeitos com o resultado: Chico Leite (PT) e Israel Batista (PDT). O segundo chegou a comentar que abandonaria a CPI, uma vez que ficou nas mãos de deputados não alinhados com o governo de Agnelo Queiroz.
A eleição foi considerada pelo líder do governo na Casa, deputado Wasny de Roure (PT), uma derrota para o governo. Na opinião dele, há parlamentares que não honram os compromissos assumidos com o GDF, sendo base do governo apenas na hora de receber os cargos. A preocupação é ainda maior, uma vez que o acordo prevê o nome de Aylton Gomes (PR) para a relatoria da CPI do Pró-DF.
CAIXA DE PANDORA – O dado curioso é que o deputado Aylton Gomes, que deve assumir a relatoria da CPI do Pró-DF, foi citado na Operação Caixa de Pandora. Segundo o Tribunal de Justiça do DF, ele teria recebido mais de R$ 1,7 milhão em troca de apoio político ao ex-governador José Roberto Arruda.
Em fevereiro último, o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública determinou o bloqueio dos bens do deputado distrital Aylton Gomes Martins (PR). Na época, o parlamentar considerou a medida uma injustiça.
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