quarta-feira, 4 de maio de 2011

Plano de combate à miséria terá como alvo 16 milhões


Da redação em 04/05/2011 07:35:07



O governo federal elegeu como alvo de seu plano de combate à miséria os 16,2 milhões de brasileiros que vivem com renda mensal de até R$ 70, um universo menor do que a presidente Dilma Rousseff indicou na campanha eleitoral do ano passado que poderia ajudar.Dilma vai anunciar em breve ações para cumprir a promessa de erradicar a miséria até o fim de seu mandato, em 2014. Ao estabelecer os R$ 70 como a linha de extrema pobreza do país, ela definiu o alvo prioritário das medidas do governo.



Quando falou em combater a miséria durante a campanha, Dilma mencionou um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que sugeria a possibilidade de acabar com a pobreza extrema até 2016.O estudo considerava miseráveis pessoas com renda mensal de até um quarto do salário mínimo, o que hoje equivaleria a R$ 136, e projetava uma fatia maior do que os 16,2 milhões de brasileiros nessa faixa de renda.



Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, que coordena o plano a ser anunciado pela presidente, o limite de R$ 70 poderá ser revisto até 2014 e foi definido com base em três parâmetros.Primeiro, esse valor de R$ 70 já é usado para definir miséria no Bolsa Família. Segundo, ele é próximo da linha de pobreza extrema proposta pelo Banco Mundial de US$ 1,25 por dia.



O governo também levou em consideração o custo da alimentação em diferentes regiões do Brasil.A pesquisadora Lena Lavinas, do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio) e estudiosa do assunto, afirmou que a linha de pobreza anunciada ontem é, de certa forma, menor do que a do Bolsa Família, porque não leva em conta a inflação acumulada desde quando o governo decidiu usar o valor de R$ 70 no atual programa de transferência de renda. "O valor nominal é o mesmo, mas o real é menor", disse a pesquisadora. "Se fosse só para reajustar, seria de no mínimo R$ 75." Informações da Folha.

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