Jornal impresso pode acabar no Brasil em 2027
Da redação em 30/01/2011 09:11:04
As datas estimadas da “morte” definitiva dos jornais impressos
O site Future Exploration Network (FEN), que auxilia grandes organizações a obter insights sobre o futuro e desenvolver estratégias que criem vantagens competitivas, elaborou um gráfico, baseado em estimativas e tendências atuais, que aponta para o fim do jornal impresso no mundo. Nos Estados Unidos, para ficar apenas num país, mais de 2 mil jornais foram fechados desde o advento da internet. Pátria do mais rico jornalismo do mundo, os Estados Unidos criaram, há pouco, um museu da imprensa.
Segundo o FEN, o primeiro país a abolir o jornal no formato impresso será os Estados Unidos, em 2017, seguido por Inglaterra, 2019, Canadá e Noruega, em 2020. Para o Brasil as previsões do fim dos impressos são para o ano de 2027. O crescimento da tecnologia móvel e o baixo custo da operacionalização, que contrasta com os valores elevados dos jornais impressos, são os principais fatores que ressaltam essa tendência.
Será que o jornal impresso vai ficar como o disco de vinil? Não se sabe. O que se sabe (a tendência) é que quem sobreviver sairá com pequenas tiragens, para distribuição gratuita ou para assinantes privilegiados. Mesmo agora, ninguém, que não seja insano, aposta mais em grandes tiragens impressas.
Note-se o caso do “Pop” e do “Diário da Manhã”. Os dois são jornais clássicos, puramente factuais, com pouco espaço para opinião. O “DM” encheu o jornal de artigos de leitores, mas a maioria não contém opinião analítica alguma. O “Pop” faz um jornalismo sério mas antiquado e seus diretores e editores parecem que até agora não entenderam as amplas possibilidades da internet para fortalecer o próprio jornal e seus negócios. Se tem uma estratégia para o futuro, a cúpula do “Pop” não a exibe. As páginas do Jornal Opção e do “DM” na internet são bem melhores e modernas. A do Jornal Opção é, sem cabotinismo, a mais moderna.
Na semana passada, saíram os dados do IVC indicando que a “Folha de S. Paulo” não é mais o jornal de maior circulação do país. O primeiro lugar é do “Supernotícias”, um jornal popularesco, como o “Daqui”. Não há comparação entre os dois — a “Folha” é infinitamente superior. Mas é uma tendência os jornais populares ganharem espaço e os jornais mais sofisticados se tornarem menores, pelo menos na forma impressa. Informações do Jornal Opção
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