Transmissão e contágio da "síndrome anti-Dilma"
O senador tucano Aécio Neves (MG) perdeu oportunidade de ficar quieto quando comentou, para a imprensa demo-tucana, sobre o discurso de Dilma Rousseff, no Congresso.
Neste período de lua nova, acabou baixando o espírito ranzinza de José Serra nele e virou um político anti-Dilma, ao fazer uma agressão verbal gratuita:
"Estou guardando meus aplausos para o momento em que essas iniciativas forem implementadas, sobretudo no campo das reformas" - disse.
Além do "encosto" de José Serra, o espírito da inveja de FHC também baixou no senador anti-Dilma, ao ver a presidenta com uma das bandeiras que ele quer carregar: a das reformas política e tributária.
Aécio realmente anda estabanado para um político criado entre as raposas felpudas mineiras. Ainda que quisesse demarcar território oposicionista, o sensato seria fazer um chamado para o diálogo governo-oposição neste momento, já que ambos estão pregando a mesma coisa, e guardar, não os aplausos, mas as pedras, para atirar em algum mau momento futuro do governo (se houver).
O tucano deixou transparecer má-vontade com o destino do Brasil, fazendo aquele tipo de oposição que torce para o governo não dar certo, torce pelo "quanto-pior-melhor".
O cidadão brasileiro que está vendo, sempre torce para um novo governo dar certo (até porque quando dá errado, quem sofre é o povo), e atitudes como esta não agradam ninguém, a não ser aqueles 4% da turma do contra que sempre odiaram Lula e Dilma.
Para completar o desastre, ainda baixou nele o espírito elitista tradicional dos tucanos: Aécio não deu uma palavra sobre o tom social do discurso de Dilma, nem sequer a respeito da erradicação da pobreza.
Pior para ele. Sobra a disputa com Serra para ver quem é mais anti-Dilma, para os 4% da turma do contra.
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