segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lula vai comandar o bloco aliado


Da redação em 18/04/2011 06:54:50



Quatro meses depois de deixar o governo e se dedicar a viagens internacionais e palestras remuneradas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa nesta segunda-feira a colocar a "mão na massa" da política nacional. Ele se reúne à tarde em São Paulo com parlamentares e dirigentes do PT para definir sua participação na reforma política. Como mostra reportagem de Tatiana Farah, publicada na edição desta segunda-feira do GLOBO, o papel do ex-presidente seria articular partidos aliados em torno das propostas petistas e costurar a mobilização das centrais sindicais. Como Lula é respeitado não só na Central Única dos Trabalhadores como na Força Sindical, uma campanha pela reforma política poderia unir as centrais, hoje em rota de colisão.



Lula deverá participar ativamente das articulações políticas para as disputas pelas prefeituras em 2014. Em reunião neste fim de semana, o diretório municipal do PT de São Paulo reafirmou a posição de lançar candidato próprio nas eleições de 2012, mantendo a oposição ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Esse movimento acontece a despeito do esforço feito por Kassab de aproximar politicamente o seu PSD do governo federal e da presidente Dilma Rousseff.



O presidente do Diretório Municipal do partido, vereador Antonio Donato, afirmou que a decisão conta com a aprovação tanto da direção estadual como federal do PT. Segundo ele, o esforço agora é para tentar costurar a escolha de um nome até o final deste ano.



- Existe um sentimento de que seria importante começar o próximo ano já com uma candidatura, para que fosse possível amadurecer nossas propostas. É claro que isso é só uma indicação - disse ele.



A intenção é decidir até outubro quem concorrerá à Prefeitura. Na roda, nomes do primeiro escalão petista, como o do ministro da Educação, Fernando Haddad, e o da senadora e ex-prefeita Marta Suplicy.



Na campanha da sucessão presidencial, Lula afirmou que, depois de deixar o cargo, se dedicaria à pauta da reforma política. Entre as bandeiras petistas, estão o financiamento público de campanhas junto com o voto em lista, o fim das coligações e a fidelidade partidária. Um outro ponto é a inclusão das mulheres na estrutura dos partidos. Informações de O Globo.

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