Policiais civis se reúnem com representantes do GDF por reestruturação
Antonio Temóteo
Luiz Calcagno
Publicação: 05/04/2011 07:00 Atualização: 05/04/2011 01:22
Representantes da Polícia Civil e do Governo do Distrito Federal debatem hoje o projeto de reestruturação trabalhista. Além de um novo plano de carreira, a categoria reivindica um aumento salarial de 26%, dividido em cinco parcelas a serem pagas em três anos. As possíveis alterações na estrutura da corporação serão enviadas como proposta ao governo federal. Participarão das discussões técnicos da Secretaria de Administração e da Secretaria de Governo. Ontem, os agentes estiveram reunidos em assembleia, realizada no Parque da Cidade, e conseguiram a primeira reunião do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) com representantes do governo local desde o início da paralisação. O encontro abriu um canal de comunicação entre o movimento e o Executivo.
O deputado distrital e presidente do Sinpol, Wellington Luiz (PSC), revelou otimismo após o encontro, ocorrido no Palácio do Buriti. “A reunião foi bastante positiva. Acredito que poderemos progredir. Será possível negociar até onde o governo puder avançar e nós pudermos ceder”, afirmou. Uma nova assembleia para definir os
rumos do movimento está marcada para amanhã, às 15h, em frente ao Palácio do Buriti.
Direitos
O secretário de Segurança Pública do DF, Daniel Lorenz, também participou da reunião. Ele se mostrou preocupado com a greve, mas também considerou a primeira conversa positiva. Segundo ele, o debate “serviu para baixar a tensão e acalmar os ânimos. Precisamos conduzir isso com calma para garantir o direito de greve da categoria e o de segurança da população”, comentou.
A Polícia Civil está de braços cruzados desde 31 de março. Uma liminar do Tribunal de Justiça do DF determinou a suspensão do movimento e a aplicação de uma multa diária de R$ 50 mil caso a ordem seja descumprida. No entanto, a categoria considerou legítima a paralisação e decidiu manter a greve. Qualquer mudança nos vencimentos da Polícia Civil do DF depende de aprovação do Congresso Nacional e da presidência da República por meio de projeto de lei ou de medida provisória. O dinheiro sai do Fundo Constitucional, sob responsabilidade da União.
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