sábado, 1 de janeiro de 2011

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Primeira crise do ano na Câmara

Câmara Legislativa, GDF em 01/01/2011 às 14:14



Mesa Diretora





Para não fugir à tradição da Câmara Legislativa, os acordos firmados nos últimos dias para composição da Mesa Diretora foram derrubados na manhã deste sábado (1). Distribuídos em cinco blocos, que teriam, cada um, sua indicação para a Mesa, os distritais decidiram refazer as contas partidárias. E mostrar ao novo governo que as negociações com o Legislativo não serão fáceis.



A principal mudança é a retirada da composição da Mesa do representante do primeiro bloco aliado ao governo Agnelo Queiroz, o Bloco da Renovação Democrática Popular. Composto por PPS, PDT e PSB, o grupo, aliado de primeira linha do governador, tinha em Alírio Neto (PPS) seu nome para a primeira secretaria da Casa. Com Alírio nomeado secretário de Justiça, a vaga do bloco ficaria para o socialista Joe Valle. Na noite de sexta-feira (31), 14 distritais se reuniram e decidiram que o bloco perderia a vaga, que deveria ser remanejada para um nome dos demais blocos - um sexto grupo chegou a ser criado, com PMN e PSC.



A crise deixou o PT contra a parede. Com apenas dez votos - os cinco petistas, dois do PPS, um do PSB, um do PDT e um do PRB - o deputado Patrício precisa do apoio de pelo menos mais três parlamentares para se eleger presidente. O bloco dos 14, capitaneado por Eliana Pedrosa (DEM) e Benício Tavares (PMDB), oferecem os votos a ele. Mas somente se ficarem com os quatro cargos restantes da Mesa, deixando PPS, PSB e PDT de fora. A medida faria com que o governador Agnelo Queiroz perdesse aliados, e votos, na Mesa Diretora, o que obrigaria nova negociações do Executivo com o Legislativo, a cada projeto de interesse do governo na Casa.



Sem acordo e surpreendidos pelo motim, petistas e aliados convocaram o vice-governador empossado, Tadeu Filippelli, e o secretário de Governo, Paulo Tadeu, para ajudar a gerenciar a primeira crise do governo. O dia promete ser longo na Câmara Legislativa.

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