DISTRITO FEDERAL
Corte no GDF pode chegar a 50% dos 18,5 mil servidores já identificados
No primeiro dia útil do novo governo, Agnelo Queiroz (PT) reuniu o secretariado para combinar como se darão na prática as medidas que anunciou por meio de decreto no dia da posse. Diante de uma equipe de 37 assessores mais próximos, o chamado primeiro escalão, o governador ordenou que a atenção nos primeiros meses de administração esteja voltada para a recuperação do atendimento médico em hospitais e postos de saúde da rede pública. Agnelo determinou a redução da estrutura de governo com o corte de cargos comissionados, que pode chegar a 50% da equipe atualmente formada por 18,5 mil funcionários. A princípio, 6 mil cargos estão congelados, o que equivale a um terço das funções de confiança existentes.
Agnelo abriu a reunião com os secretários de governo orientando o grupo a colocar a estrutura de suas pastas, especialmente os servidores, à disposição da Secretaria de Saúde, que vai coordenar as medidas de recuperação desse sistema na rede. No último sábado, logo após tomar posse como chefe do Executivo no DF, o petista decretou estado de emergência na Saúde. Na tarde de ontem, o novo governador reforçou que a pasta terá acesso a recursos extras para lidar com a situação de “calamidade” nos hospitais (leia mais na página 24). Profissionais com formação médica que, porventura, estejam lotados em áreas não afins devem ser requisitados para o mutirão planejado pelo Executivo.
Ao mesmo tempo que Agnelo sinalizou que não poupará dinheiro para aplicar na recuperação do sistema de Saúde, comprometeu-se a cortar gastos com a burocracia. As repartições do GDF hoje reúnem 120 mil servidores, dos quais 18,5 mil são de livre nomeação do governador, ou seja, são cargos comissionados, sem vínculo efetivo com a administração pública e cujo critério para indicação quase sempre é o apadrinhamento político. O governo estima que fará economia anual de R$ 40 milhões com a redução pela metade dos comissionados. “Vamos recompor a estrutura no limite que estipulamos, o que se dará paulatina e criteriosamente, com base em estudos sobre a real necessidade dessas nomeações”, afirmou Agnelo. Essa recomposição partirá de uma estrutura com metade do número de servidores que foram exonerados por decreto e não poderá ultrapassar o teto de 12 mil cargos. Informações do Correio Braziliense.
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