Gilberto Carvalho assume Secretaria-Geral dizendo que morreria por Lula
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
Gilberto Carvalho assumiu a Secretaria-Geral da Presidência, neste domingo, homenageando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os "companheiros de luta que ficaram pelo caminho".
Carvalho foi chefe-de-gabinete de Lula nos dois mandatos.
Em três momentos do discurso de posse, Carvalho chorou: ao falar de Deus, do ex-presidente e dos companheiros.
"Eu não queria me esquecer nesse momento de todos aqueles que nos ajudaram ao longo dessa luta, da construção dos movimentos sociais, da construção da resistência democrática, do movimento sindical, do PT, dos partidos de esquerda, lembrar de companheiros que ficaram pelo caminho, dos companheiros que foram humilhados pela sua ideologia, aos companheiros que perderam seus empregos e suas famílias para nos permitir chegar onde estamos (...). Lembro de companheiros metalúrgicos cujo olhar não podia compreender a demissão que sofreram depois da greve de 1979, em Curitiba", disse, chorando.
Carvalho afirmou ter "gratidão" por Lula e que morreria por ele, se preciso.
O novo ministro disse que Lula foi parceiro nos momentos mais difíceis, e contou um episódio ocorrido em 2005, durante a CPI dos Bingos.
"O presidente poderia ter se livrado de mim em momentos críticos pelos quais passei. Jamais vou esquecer quando voltei do segundo depoimento na CPI e ele tinha atrasado uma viagem me esperando sentado na minha sala para dizer 'Gilbertinho, vamos tomar uma cachacinha para você esquecer essas coisas'. Isso eu jamais vou esquecer e por esse homem eu poderia morrer", afirmou.
Carvalho disse que foi chamado por Dilma para integrar o Ministério porque ela quer que ele lhe diga verdades.
"Ela me disse que precisa de mim ao seu lado para me dizer as verdades, para falar das coisas como elas acontecem e para me trazer a sensibilidade e o sofrimento do povo e dos movimentos sociais", disse.
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