domingo, 2 de janeiro de 2011

GOVERNO FEDERAL



Planalto conclui sindicância sobre tráfico de influência sem punições ou culpados



A comissão de sindicância instaurada na Casa Civil em 18 de outubro para apurar denúncas de tráfico de influência envolvendo os servidores Vinícius de Oliveira Castro e Stevan Knezevic terminou sem apontar nenhuma irregularidade por parte dos dois e, portanto, sem punições. Já as acusações envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra continuam sendo investigadas pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União (CGU), uma vez que, como ela era titular do ministério, não podia ser investigada por uma sindicância interna.



Vinicius é filho de Sonia Castro, que aparece como sócia de filhos de Erenice na Capital Assessoria e Consultoria. Stevan é funcionário concursado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e também era sócio de Israel Guerra. Ele teria intermediado a renovação de licença para a MTA Linhas Aéreas nos Correios. Em setembro, a revista Veja acusou Vinícius de receber um envelope com R$ 200 mil a título de propina. A sindicância, porém, não conseguiu provar que o fato tenha existido.



No último dia do ano, sexta-feira, o Diário Oficial da União (DOU) publicou uma portaria do então ministro Carlos Eduardo Esteves Lima para uma nova sindicância, desta vez para analisar um convênio assinado em 2005 entre a Unicel e a diretoria de telecomunicação da Casa Civil para testes de um serviço móvel especializado (rádios comunicadores). O documento original não foi encontrado pelos servidores que apuraram as eventuais irregularidades. A Unicel tinha como diretor comercial o marido de Erenice, José Roberto Camargo Campos.



O relatório da comissão de sindicância ficou pronto no início do mês passado mas só se tornou público agora porque o ex-ministro-chefe da Casa Civil havia mandado o documento para o departamento jurídico fazer uma análise. Carlos Eduardo encaminhou cópia do resultado para o Ministério da Defesa, uma vez que Stevan é servidor da Anac. Durante o processo, ele usou da prerrogativa de não prestar depoimento, já que, por lei, só está obrigado a fazê-lo a seu órgão de origem _ no caso, a Anac. Informações de O Globo.

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